26.12.09

Licenciatura

Por Thais Pacievitch
Licenciatura é um dos tipos de cursos de graduação (ensino superior). Os cursos de ensino superior habilitam em nível de graduação para uma área especifica de atuação profissional. O licenciado em determinada área é habilitado a exercer a docência nessa área, ou seja, deve-se optar pela licenciatura quando se tem o desejo de ser professor. A diferença básica entre a licenciatura e o bacharelado são as disciplinas pedagógicas, que no bacharelado não fazem parte da estrutura curricular.

A oferta de vagas para cursos de licenciatura é crescente no Brasil, no entanto, no contexto brasileiro, a profissão de professor não é reconhecida e tampouco valorizada, fato comprovado ao se verificar os baixos salários, a precariedade das condições de trabalho e a inexistência de planos de carreira, situação a que grande parte dos professores do país é submetida.

Um aspecto polêmico dos cursos de licenciatura é a fragmentação das disciplinas entre as disciplinas de conteúdo específico e as disciplinas de cunho pedagógico, sendo as primeiras, geralmente, mais valorizadas que as segundas. No entanto, cada instituição tem autonomia na construção de seus projetos, sendo que, segundo a Resolução CNE/CP nº 1/2002, “a ênfase deve ser na flexibilidade necessária de modo que cada instituição formadora construa projetos inovadores e próprios, integrando os eixos articuladores nelas mencionados”.

Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação é a legislação que orienta as instituições de ensino superior em relação aos cursos de graduação. Nas Diretrizes de um curso de licenciatura são descritas a carga horária mínima, sistema de créditos, horas complementares, horas de estágio, entre outros. No perfil do egresso, são descritas as habilidades e competências a serem adquiridas durante o curso.

Referências:

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de Fevereiro de 2002. Diponível em: Acesso em: 22 dez. 2009

GATTI, Bernadette. Formação de professores e carreira: problemas e movimentos de renovação. Campinas:

Declaração de Salamanca

Por Thais Pacievitch
Como resultado da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada entre 7 e 10 de junho de 1994, na cidade espanhola de Salamanca, a Declaração de Salamanca trata de princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais.

A inclusão de crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular deensino é a questão central, sobre a qual a Declaração de Salamanca discorre.

Na introdução, a Declaração aborda os Direitos humanos e a Declaração Mundial sobre a Educação para Todos e aponta os princípios de uma educação especial e de uma pedagogia centrada na criança. Em seguida apresenta propostas, direções e recomendações da Estrutura de Ação em Educação Especial, um novo pensar em educação especial, com orientações para ações em nível nacional e em níveis regionais e internacionais. As orientações e sugestões para ações em nível nacional são organizadas nos seguintes subitens:

  • A. Política e Organização
  • B. Fatores Relativos à Escola
  • C. Recrutamento e Treinamento de Educadores
  • D. Serviços Externos de Apoio
  • E. Áreas Prioritárias
  • F. Perspectivas Comunitárias
  • G. Requerimentos Relativos a Recursos

Pode-se dizer que o conjunto de recomendações e propostas da Declaração de Salamanca, é guiado pelos seguintes princípios:

  • Independente das diferenças individuais, a educação é direito de todos;
  • Toda criança que possui dificuldade de aprendizagem pode ser considerada com necessidades educativas especiais;
  • A escola deve adaptar–se às especificidades dos alunos, e não os alunos as especificidades da escola;
  • O ensino deve ser diversificado e realizado num espaço comum a todas as crianças.

A Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais foi promovida pelo governo espanhol em colaboração com a Unesco. A Declaração de Salamanca repercutiu de forma significativa, sendo incorporada as políticas educacionais brasileiras.

Referências:

FONTES, Carlos. Educação Inclusiva: Algumas Questões Prévias. Disponível em: Acesso em: 23 dez. 2009.

UNESCO. Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em: Acesso em: 23 dez. 2009.

Tratado de Madrid (1801)

O tratado celebrado em Madrid em 1801, no dia 29 de setembro foi importante data no que tange à história de Portugal, Espanha e França; e para entender melhor a data, precisamos nos ter naquilo que foi chamado deTratado de Badajoz.

Pode-se dizer que o Tratado de Badajoz tenha sido o precursor do que foi o Tratado de Madrid em 1801, visto que algumas mudanças ocorridas naquele, por consequência foram ratificados neste.

Portugal tendo sido coagido a assinar o tratado de Badajoz (já que este encontrava-se ameaçado pela invasão francesa nos portos de Ciudad Rodrigo); com o tratado, pôs fim a um pequeno confronto com a Espanha: “Guerra das Laranja” – conflito de dimensões maiores na influência política que França e Inglaterra mantinham sobre as duas nações. No entanto, os termos do tratado impuseram restrições severas a Portugal, que mais tarde seriam ainda mais desconsoladoras; Entre alguns termos importantes deste tratado estavam:

  • I) Portugal deveria fechar os portos de todos os seus domínios às embarcações da Grã-Bretanha (seg.art. II);
  • II) A Espanha restituíria a Portugal as fortificações e territórios dos seguintes territórios: Juromenha, Arronches, Portalegre, Castelo de Vide, Barbacena, Campo Maior e Ouguela; isto seguido de todo arsenal bélico do território (seg. art. III);
  • III) A Espanha deveria conservar, na qualidade de conquista, a praça-forte, território e população de Olivença, mantendo o rio Guadiana como límite daquele território com Portugal;

Vale ressaltar que neste período a ameaça napoleônica era fortemente eminente no território europeu, donde na Espanha, este já exercia poderes.

O tratado foi ainda mais desconsolador para Portugal, porque o próprio cônsul francês rejeitou o acordado então proposto por D. João e Carlos de Espanha. E desta maneira surge o tratado de Madrid como consequência de uma redação do tratado de Bradajoz; fora mantido os termos anteriores, porém com uma exigência francesa pelo pagamento de 20 milhões de francos da parte portuguesa. Este acordo evitou a eminente invasão napoleônica em território português até então.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Badajoz_(1801)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_das_Laranjas

Pedro Álvares Cabral

Pedro Alvares Cabral chega ao Brasil


História do Brasil - Pedro Álvares Cabral
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Em 1500, o rei de Portugal D. Manuel, organizou uma poderosa esquadra com dez naus, duas caravelas e 1.500homens. Tudo isso era comandado pelo fidalgo Pedro Álvares Cabral.

Esta expedição contava com experientes navegadores como Bartolomeu Dias e Nicolau Coelho. Tinha comoobjetivo primeiro assegurar o domínio das terras conquistadas nas Índias e tomar posse de quantas terras encontrasse pelo caminho.

A esquadra partiu de Portugal no dia 8 de março de 1.500 durante o percurso desviaram-se do caminho e navegam para o oeste.

Depois de muitos dias de viagem avistaram um monte, no dia 22 de abril, e deram-lhe o nome de Monte Pascoal, por ser Páscoa. Logo chamaram essa terra de ILHA DE VERA CRUZ, por pensarem se tratar de uma ilha.

Quando aportaram, tomaram contato com os habitantes nativos, os índios Tupiniquim, que habitavam o litoral.

Após alguns dias os portugueses celebraram uma missa em terra firme e ergueram uma cruz de madeira como símbolo de posse da terra.

Quando a esquadra partiu para as Índias, deixou aqui dois detentos portugueses a fim de aprender a língua tupi e os custumes dos nativos. Além disso, enviou Gaspar de Lemos de volta para Portugal com uma carta de Pero Vaz de Caminha, comunicando ao rei as características das novas terras pertecentes, daquela data em diante, ao reino portugês.


Fonte:
http://www.tarefadecasa.hpg.ig.com.br/pedroalvarescabralchegaaobrasil.htm

Curiosidades Históricas

Os nomes do Brasil

O Brasil já teve oito nomes antes do atual: Pindorama (nome dado pelos indígenas); Ilha de Vera Cruz, em 1500; Terra Nova em 1501; Terra dos Papagaios, em 1501; Terra de Vera Cruz, em 1503; Terra de Santa Cruz, em 1503; Terra Santa Cruz do Brasil, em 1505; Terra do Brasil, em 1505; e finalmente Brasil, desde 1527.

Por que Brasil?

O Brasil recebeu este nome porque nos primeiros anos de sua colonização era extraída das matas na costa brasileira a madeira chamada pau-brasil. Ela era usada para tingir tecidos e a cor que produzia era a cor da brasa.

Não sou daqui

A parte do México conhecida como Iucatan vem da época da conquista, quando um espanhol perguntou a um indígena como eles chamavam esse lugar, e o índiorespondeuyucatan”. Mas o espanhol não sabia que ele estava informando “não sou daqui”.

O rei proibiu o futebol

O rei inglês Eduardo II ordenou em 13 de abril de 1314 a proibição da prática do futebol pela população. Em nome de Deus, Eduardo II afirmou que o futebol era fonte de “uma grande perturbação” e que seria vetada sua prática a partir daquela data “sob pena de prisão aos transgressores”.

Robin Hood dos pobres

Lampião, também chamado “Capitão”, “Rei do Cangaço” e “Robin Hood dos Pobres”, fazia questão de passar uma imagem de homem caridoso, apesar de sua fama de tirano. Sanfoneiro, cantador, poeta, muitas vezes juiz, outras enfermeiro e dentista, ele tinha o respeito e a admiração da maioria da população pobre do Nordeste.

Quem ficou mais? Quem ficou menos?

O presidente brasileiro que mais tempo ficou no cargo foi Getúlio Vargas, foram 18 anos e 7 meses. Já o presidente que permaneceu menos tempo foi Jânio Quadros, com apenas 7 meses.

OK

Durante a Guerra da Secessão, quando as tropas voltavam para o quartel após uma batalha sem nenhuma baixa, escreviam numa placa imensa “0 Killed” que queria dizer “nenhum (zero) morto”. Daí surgiu a expressão “OK” para indicar que tudo está bem.

A Primeira Cédula

No Brasil, as primeiras cédulas a circular foram os Bilhetes da Real Administração dos Diamantes, em 1771.

O Papiro

O papiro foi o primeiro material produzido artificialmente pelo homem a partir de fibras vegetais. Os rolos de papiro guardavam os hieróglifos, a escrita dos antigos egípcios representada por símbolos, e sobrevivem até hoje em diversos museus.

A cidade mais antiga do Brasil

A cidade mais antiga do Brasil é São Vicente, no litoral paulista. Foi fundada por Martim Afonso de Souza em 1532.

A Peste Negra

A Peste Negra na Europa ocorreu, porque as pessoas acreditavam que quem tivesse um gato era uma bruxa. Logo todos os gatos foram queimados, deixando os ratos (com as suas doenças) circular livremente e multiplicar-se.

O colégio mais antigo do Brasil

O colégio mais antigo do Brasil, que ainda está em atividade, é o Colégio Pedro II. Ele foi fundado em 1837, no Rio de Janeiro.

A Guerra do Barba

Em 1152, Leonor, mulher de Luís VII, rei da França, brigou com ele, sob pretexto de que o rei rapara a barba. Divorciada, casou-se com Henrique II, rei da Inglaterra. Luís VII, não gostou, principalmente porque lhe foi exigida a devolução do dote e declarou guerra ao rival britânico. O conflito passou à História como a Guerra da Barba.

Filmes pintados à mão

No início do advento do cinema, os filmes coloridos eram pintados à mão, quadro a quadro, num total de 24 quadros por segundo de filme. Só em 1960 é que começou a surgir o filme realmente colorido.

Cristãos-novos

Oliveira, Ramos, Coelho, Ribeiro. São sobrenomes de origem portuguesa, muito comuns entre os brasileiros. Fazem referência a plantas, animais e acidentes geográficos e podem indicar a presença de cristãos-novos na família. Cristãos-novossão judeus que, perseguidos durante a Inquisição em Portugal, foram obrigados a adotar o catolicismo. Para evitar novas perseguições, eles mudavam seus sobrenomes.

Carnaval

Até a década de 1930, era costume brincar o carnaval com fantasias e máscaras, ricamente decoradas com veludo e cetim. Esse foi um costume introduzido no Brasil, por influência dos franceses, em 1834.

O jornal mais antigo do mundo

O jornal mais antigo que se edita no mundo é o sueco Post och Inrikes Tidningar. Circula sem interrupção desde 1645, ou seja, há 355 anos, quando foi criado pela Academia Real de Letras da Suécia.

O jornal mais antigo do Brasil

No Brasil, o jornal mais antigo que se edita é o Diário de Pernambuco. Começou a circular em 7 de novembro de 1825, três anos após a Independência.

Meninas sem nome

Na China antiga, as meninas eram tão indesejadas nas classes pobres, que não recebiam nome ao nascer. Até se tornarem adultas , eram conhecidas apenas pelo lugar que ocupavam na lista numerada de nascimentos: a primeira, a segunda, a terceira filha etc.

Juscelino prometeu

A transferência da capital federal para o Planalto Central já estava prevista no artigo 3.º da nossa primeira Constituição republicana, de 1891, e foi mantida nas Constituições de 1934 e 1946. em comício no dia 4 de abril de 1955, em Jataí, Goiás, Juscelino Kubistchek jurou que iria “cumprir a Constituição” , inclusive o esquecido artigo.

Na Alemanha nazista

Depois que Adolf Hitler chegou ao poder, na Alemanha nazista, em 1933, centenas de livros foram queimados nas universidades alemãs. Obras do pai da psicanálise, Sigmund Freud, e de artistas como Paul Klee acabaram na fogueira por não se adequarem ao “espírito da nova Alemanha”.

Guerras Floridas

Em período de paz, para atender à necessidade de sacrifícios humanos, vitais para aplacar a cólera dos deuses, os astecas realizavam as chamadas “guerras floridas”, com sentido mais teatral do que destrutivo. Em comum acordo, dois grupos da confederação lutavam entre si, numa espécie de torneio cerimonial, em que o objetivo era demonstrar coragem e bravura e capturar adversários com vida, para oferecê-los como sacrifício.

Superstição romana

Os generais romanos eram extremamente supersticiosos. Eles só entravam em uma batalha, por exemplo, quando suas galinhas sagradas, que estavam sempre por perto, estivessem com apetite. Se as galinhas não comessem, eles simplesmente adiavam o confronto.

Algumas das fontes consultadas:

-Coleção Curiosidades História – Organização Donaldo Buchweitz, MW. Editora e Ilustrações, Ciranda Cultural.

- Reformas Religiosas, Flávio Luizeto, Ed.Contexto.

As enfermidades de Aleijadinho e sua arte barroca

A obra de Aleijadinho foi marcada por diferenciações provocadas por suas enfermidades.
No século XVIII, o desenvolvimento da economia mineradora foi responsável pelo surgimento de vários centros urbanos ligados ao desenvolvimento desta mesma atividade. Em geral, tais cidades abrigaram um processo de formação social mais flexível ao contar com a presença de funcionários da administração, clérigos, trabalhadores livres e profissionais liberais de toda a espécie.

Além de estabelecer uma sociedade mais dinâmica, as cidades erguidas pela riqueza do ouro também abriram espaço para o exercício de várias manifestações artísticas. O Barroco Mineiro foi uma das mais proeminentes vertentes de tal efervescência cultural, ao ser responsável pela execução de pinturas, igrejas e estátuas que marcaram presença em várias cidades da província de Minas Gerais.

Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, foi um dos mais importantes representantes dessa corrente artística que veio importada da Europa e, com o passar do tempo, ganhou o traço singular dos artistas coloniais. No caso de Aleijadinho, as características de sua produção artística se mostram claramente influenciadas pelas doenças que lhe atingiram ao longo da vida.

O processo degenerativo causado pela hanseníase e o desenvolvimento da porfiria (doença que promove uma intolerância à luminosidade) estabelece um marco divisor nas estátuas criadas por este escultor. Antes de ficar doente, a obra de Aleijadinho era definida pela presença de traços leves e claros. Na medida em que suas limitações físicas pioraram, as obras foram tomadas por um sentimento expressionista e gótico.

Por volta dos 47 anos de idade, quando a hanseníase tinha consumido a maioria dos dedos, Aleijadinho continuou produzindo suas esculturas amarrando os instrumentos em suas mãos. Os 12 Profetas talhados na cidade de Congonhas representam bem o abandono das formas leves e a marcante presença de várias deformidades físicas no corpo de suas estátuas.

Sendo a arte alvo de seus vários intérpretes, podemos também destacar a existência de outras teorias que explicam essa transformação no estilo de Aleijadinho. Em algumas biografias, as deformidades são justificadas pela ação de ajudantes menos talentosos que participavam do processo de execução final das obras. Em contrapartida, outros autores trabalham com a ideia de que essas anomalias estéticas seriam uma forma de protesto contra os desmandos da administração metropolitana.

Fonte:Mundo Educação

General Medici


Governo Médici: A euforia de um país "campeão" que vivia o auge da opressão ditatorial.

No fim de 1969, o alarmante estado de saúde do então presidente Costa e Silva levou os membros do regime militar a declararem a vacância nos cargos de presidente e vice-presidente do Brasil. Entre os membros do oficialato mais cotados para assumir o cargo em aberto, destacava-se o general Albuquerque Lima, uma das mais proeminentes figuras entre os oficiais mais jovens do Exército. No entanto, os grupos mais ligados à chamada “linha dura” acabaram aprovando o nome de Emílio Garrastazu Médici.

No governo Médici, observamos o auge da ação dos instrumentos de repressão e tortura instalados a partir de 1968. Os famosos “porões da ditadura” ganhavam o aval do Estado para promover a tortura e o assassinato no interior de delegacias e presídios. A guerrilha, que usou de violência contra o regime, foi seriamente abalada com o assassinato de Carlos Lamarca e Carlos Marighella. A Guerrilha do Araguaia, findada em 1975, foi uma das poucas atividades de oposição clandestina a resistir.

A repressão aos órgãos de imprensa foi intensa, impossibilitando a denúncia das arbitrariedades que se espalhavam pelo país. Ao mesmo tempo, no governo de Médici observamos o uso massivo dos meios de comunicação para instituir uma visão positiva sobre o Governo Militar. A campanha publicitária oficial espalhava adesivos e cartazes defendendo o ufanismo nacionalista. Palavras de ordem e cooperação como “Brasil, Ame ou deixe-o” integravam o discurso político da época.

A eficiência desta propaganda foi alcançada graças a um conjunto de medidas econômicas instituídas pelo Ministro Delfim Neto. Influenciado por uma perspectiva econômica de natureza produtivista, Delfim Neto incentivou o reaquecimento das atividades econômicas sem o repasse destas riquezas à sociedade. Conforme ele mesmo dizia, era preciso fazer o bolo crescer antes de ser repartido. Em curto prazo, seu plano de ação se traduziu em índices de crescimento superiores a 10% por cento ao ano.

O chamado “milagre econômico” foi marcado pela realização de grandes obras da iniciativa pública. Obras de porte faraônico como a rodovia Transamazônica, a ponte Rio-Niterói e Usina Hidrelétrica de Itaipu passavam a impressão de um país que se modernizava a passos largos. Entretanto, a euforia desenvolvimentista era custeada por meio de enormes quantidades de dinheiro obtidas por meio de empréstimos que alcançaram a cifra dos 10 bilhões de dólares.

A participação do Estado na economia ampliou-se significativamente com a criação de aproximadamente trezentas empresas estatais entre os anos de 1974 e 1979. Diversas agências de ação política organizavam o desenvolvimento dos setores econômico e social. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) e o Plano de Integração Social (PIS) formavam alguns dos “braços” da ação política dos militares.

A expansão do setor industrial, viabilizada por meio da expansão do crédito, a manutenção dos índices salariais e a repressão política, incitou uma explosão consumista entre os setores médios da população. A obtenção de uma casa própria financiada, a compra de um carro e as compras no shopping começou a formar os principais “sonhos de consumo” da classe média.

Entretanto, “o milagre” esvaiu com a mesma velocidade que empolgou. No ano de 1973, uma crise internacional do petróleo escancarou as fraquezas da nossa economia dando fim a toda empolgação. Na época, o Brasil importava mais da metade dos combustíveis que produzia e, por isso, não resistiu ao impacto causado pela alta nos preços do petróleo. Em pouco tempo, a dívida externa e a onda inflacionária acabou com os sucessos do regime.

Fonte:

Quando Manhattan foi vendida por 24 dólares



Exposição traz documento que registra a negociação por meio da qual os índios Lenape cederam a ilha aos holandeses em 1626
por Bruno Fiuza

Arquivo Nacional da Holanda
A cidade de Nova York, na época Nova Amsterdã, retratada por pintor holandês do século XVII
O mais importante centro financeiro do mundo, quem diria, já foi vendido a preço de banana. Em 1626, os índios Lenape, que viviam na ilha onde atualmente fica Manhattan, cederam o território ao holandês Peter Minuit em troca de produtos no valor de 60 guilders (moeda holandesa da época), o equivalente a 24 dólares atuais.

O contrato que registra o negócio é uma das peças em exibição na mostra “Nova Amsterdã – A ilha no centro do mundo”, em cartaz no South Street Seaport Museum, em Nova York. Por meio de pinturas e documentos do acervo do Arquivo Nacional da Holanda, a exposição conta a história do período em que a cidade foi uma colônia dos Países Baixos.

A história daquela que viria a se tornar uma das mais importantes metrópoles dos Estados Unidos e do mundo começou em 1609. Neste ano, o explorador britânico Henry Hudson descobriu a ilha que hoje é Manhattan durante uma expedição financiada pela Companhia das Índias Orientais holandesa.

A compra da ilha, em 1626, marcou a fundação da colônia de Nova Amsterdã. O assentamento, ameaçado por ataques de tribos indígenas locais e pela cobiça das outras potências coloniais, foi protegido por um muro de madeira. O local onde ficava a construção foi posteriormente batizado de Wall Street (Rua do muro, em inglês). O domínio holandês, porém, durou pouco. Em 1664, o britânico Richard Nicolls conquistou Nova Amsterdã e os novos colonos trocaram o nome da cidade, que a partir de então passou a se chamar Nova York.

Fonte:

Árabe

Os árabes têm a sua história vinculada ao espaço da Península Arábica, onde primordialmente se fixaram em uma região tomada por vários desertos que dificultavam a criação de povos sedentarizados. Por isso, percebemos que no início de sua trajetória, os árabes eram povos de feição nômade que se intercalavam entre as regiões desérticas e os valiosos oásis presentes ao longo deste território.

Conhecidos como beduínos, essa parcela do povo árabe era conhecida pela sua religião politeísta e a criação de animais. A realidade dos beduínos era bem diferente da que poderíamos ver nas porções litorâneas da Península Arábica. Neste outro lado da Arábia, temos a existência de centros urbanos e a consolidação de uma economia agrícola mais complexa. Entre as cidades da região se destacava Meca, grande centro comercial e religioso dos árabes.

Regularmente, os árabes se deslocavam para cidade de Meca a fim de prestar homenagens e sacrifícios às várias divindades presentes naquele local. Entre outros signos sagrados, destacamos o vale da Mina, o monte Arafat, o poço sagrado de Zen-Zen e a Caaba, principal templo sagrado onde era abrigada a Pedra Negra, um fragmento de meteorito de forma cúbica protegido por uma enorme tenda de seda preta.

A atração de motivo religioso também possibilitava a realização de grandes negócios, que acabaram formando uma rica classe de comerciantes em Meca. Nos fins do século VI, essa configuração do mundo árabe sofreu importantes transformações com o aparecimento de Maomé, um jovem e habilidoso caravaneiro que circulou várias regiões do Oriente durante suas atividades comerciais.

Nesse tempo, entrou em contato com diferentes povos e, supostamente, teria percebido as várias singularidades que marcam a crença monoteísta dos cristãos e judeus. Em 610, ele provocou uma grande reviravolta em sua vida ao acreditar que teria de cumprir uma missão espiritual revelada pelo anjo Gabriel, durante um sonho. A partir de então, se tornou o profeta de Alá, o único deus verdadeiro.

O sucesso de sua atividade de pregação acabou estabelecendo a conquista de novos adeptos ao islamismo. A experiência religiosa inédita soou como uma enorme ameaça aos comerciantes de Meca, que acreditavam que o comércio gerado pelas peregrinações politeístas seria aniquilado por essa nova confissão. Com isso, Maomé e seu crescente número de seguidores foram perseguidos nas proximidades de Meca.

Acuado, o profeta Maomé resolveu se refugiar na cidade de Yatreb, onde conquistou uma significativa leva de convertidos que pressionaram militarmente os comerciantes de Meca. Percebendo que não possuíam alternativas, os comerciantes decidiram reconhecer a autoridade religiosa de Maomé, que se comprometera a preservar as divindades milenares da cidade de Meca.

A partir desse momento, os árabes foram maciçamente convertidos ao ideário do islamismo e vivenciaram uma nova fase em sua trajetória. Entre os séculos VII e VIII, os islâmicos estabeleceram um processo de expansão que difundiu sua crença em várias regiões do norte da África, da Península Ibérica e em algumas parcelas do mundo oriental.

Fonte: História do Mundo

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