14.1.11

COMPANHIAS DE COMÉRCIO

Companhias mercantis organizadas pelos Estados colonialistas para aumentar a produção, enfrentar melhor a concorrência estrangeira e tornar mais eficiente e lucrativo o comércio entre a colônia e a metrópole. O Estado entra com uma parte do capital dessas companhias, mas elas têm administração autônoma. Entre os séculos XVII e XVIII, Portugal cria quatro companhias.

Em 1649 é criada a Companhia Geral do Comércio do Brasil para auxiliar a resistência pernambucana às invasões holandesas e apoiar a recuperação da agricultura canavieira do Nordeste depois dos conflitos. Seu papel principal é fornecer escravos e garantir o transporte do açúcar para a Europa. Em 1682 é fundada a Companhia do Comércio do Maranhão, que também atua na agricultura exportadora de açúcar e algodão com fornecimento de crédito, transporte e escravos aos produtores. No século XVIII são fundadas pelo marquês de Pombal as companhias gerais do comércio do Grão-Pará e do Maranhão (1755) e de Pernambuco e Paraíba (1759). Ambas reforçam as atividades extrativistas e agroexportadoras do Norte e Nordeste da colônia, um pouco abandonadas em razão do crescimento da mineração de ouro e de diamante na região das "minas gerais". As companhias detêm privilégios como monopólio de compra e venda de mercadorias em sua área de atuação, autonomia para organizar o transporte marítimo, estabelecer preços e condições de financiamento e pagamento.

Política mercantilista

Por intermédio das companhias de comércio, o Estado português busca garantir os impostos da Coroa e os lucros da burguesia com o bom funcionamento dos engenhos de açúcar e das plantações de algodão e fumo. Essas atividades dependem do transporte dos produtos entre Brasil e Portugal, do crédito para a compra de escravos e do fornecimento de utensílios, ferramentas, gêneros alimentícios e tecidos que a colônia não produz. Mesmo não sendo uma experiência muito bem-sucedida - por falta de capital suficiente ou má administração -, as companhias de comércio representam uma tentativa do Estado de dar maior eficiência à política mercantilista, orientando os investimentos para determinadas áreas e estimulando-os pela concessão de privilégios a comerciantes e acionistas.

Fonte: EncBrasil

COMPANHIAS DE COMÉRCIO

REVOLTA DOS BECKMAN

Rebelião promovida por proprietários rurais maranhenses contra a Companhia de Comércio do Estado do Maranhão, em 1684. No centro da revolta, a questão do trabalho escravo dos índios e a questão dos preços das mercadorias, dos juros e dos impostos.

Em 1682, Portugal cria a Companhia de Comércio do Maranhão com o objetivo de estimular o desenvolvimento econômico do norte do Brasil. Em troca da concessão do monopólio do comércio do açúcar e da arrecadação dos impostos, a empresa deveria fornecer escravos, utensílios, equipamentos e alimentos aos colonos a juros baixos. Mas ela não cumpre o compromisso assumido, sobretudo em relação ao fornecimento de escravos africanos.

A falta de mão-de-obra desorganiza as plantações. Chefiados pelos irmãos Manuel e Tomás Beckman, em 1684 os proprietários rurais revoltam-se contra a empresa, atacando suas instalações. Expulsam os padres jesuítas, que continuam a opor-se à escravização de índios para trabalhar nas propriedades, na falta de negros africanos. A seguir, depõem o governador e assumem o controle da capitania. A metrópole intervém, enviando uma frota armada para São Luís. Manuel Beckman é preso e decapitado e Tomás, condenado ao desterro. Os demais líderes são condenados à prisão perpétua. A Companhia de Comércio é extinta em 1685, mas os jesuítas retornam a suas atividades.

Fonte: geocities.yahoo.com.br

COMPANHIAS DE COMÉRCIO

A Administração Pombalina- Marques de Pombal

Marques de Pombal era ministro do Rei D. José I;

Marques de Pombal era um déspota esclarecido. Estudou na França e em Londres.É esclarecido pois adota ideais liberais, iluministas, das luzes e déspota pois ainda tem influência absolutista. O déspota esclarecido governa para o povo, mas sem o povo.

Tempo: 1750-1777

PROBLEMA

Como autonomizar Portugal à Grã Bretanha (Inglaterra);

Como maximizar o colonialismo.

SOLUÇÃO

Modernizar o reino e as colônias.

Estratégias Reformistas - aspectos gerais

Rompeu com a SICAR, especialmente com a Sociedade de Jesus (jesuítas), então, expulsa essa ordem do Reino e do Brasil, Pombal afirmava que a Igreja era um Estado dentro do Estado;

Laicizou o ensino, criou as Aulas Régias;

Criou o subsídio literário;

Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763;

Reunificou a colônia ao extinguir os dois Estados, Estado Brasil e Estado Grã Pará-Maranhão;

Extinguiu as Capitanias Hereditárias: não destituiu as já existentes, não extinguiu a natureza, mas o título de hereditário, quem governava eram capitães estatais;

Estabeleceu novos impostos;

Aboliu a escravidão indígena;

Aboliu a segregação racial;

Criou novas Companhias de Comércio;

Criou a Derrama: não chegou a ser executada, funcionava como pressão psicológica.

Objetivos e Medidas de Pombal

Objetivo 1

Acabar com a dependência de Portugal em relação à Inglaterra. Para assim governar para o povo para os lusos. O objetivo das medidas é aumentar a arrecadação (mineração), arrecadar mais ouro.

MEDIDAS PARA O BRASIL

Cria a derrama, mas não a efetiva;

Transferência da capital brasileira de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763. Pombal faz com o intuito de dificultar a sonegação do ouro, aumenta a fiscalização com a presença da Corte no RJ.

Objetivo 2

Eestimular a economia do Nordeste, que estava em crise

MEDIDAS

Criação das Companhias Mercantis;

Criou Companhia Geral do Comércio Grão-Pará e Maranhão: para aumentar a produção de algodão;

Criou Companhia Geral do Comércio Pernambuco e Paraíba: para aumentar a produção do açúcar;

O intuito da criação destas companhias é aumentar a produção de determinados produtos, com a venda de escravos mais baratos ao senhor de engenho e a compra dos produtos a preços melhores pela coroa. Porém, na prática aconteceu o contrário, as Companhias queriam lucrar rápido, vendem escravos mais caros e compram os produtos mais baratos, então, acabam falindo e piorando a situação.

Objetivo 3

Aumentar poder do Estado

MEDIDAS

expulsão dos jesuítas, rompe com a SICAR, especialmente com a Sociedade de Jesus. Pombal justifica a expulsão dizendo que a Igreja é um " Estado dentro do Estado". Diz que os jesuítas tinham muito poder de influência, poder de manipulação, estavam atrapalhando o Estado.

Objetivo 4

Diminuir consumo de produtos ingleses

MEDIDAS

Pombal acabou com o tratado de Panos e Vinhos com a Inglaterra, pois esse favorecia a importação de produtos ingleses;

Liberação das manufaturas para o Brasil. O problema é que faltava capital privado para se investir nas indústrias. O Estado não deu capital às manufatura, acabam não se formando, não se desenvolveram, mas já representou um avanço teórico a possibilidade de se criar manufaturas.

Fonte: geocities.yahoo.com.br

COMPANHIAS DE COMÉRCIO

MOVIMENTOS NATIVISTAS

Entre meados do século XVII e começo do século XVIII, os abusos da Coroa na cobrança de impostos e dos comerciantes portugueses na fixação de preços começam a gerar insatisfação entre a elite agrária da colônia. Surgem os chamados movimentos nativistas: contestação de aspectos do colonialismo e primeiros conflitos de interesses entre os senhores do Brasil e os de Portugal. Entre esses movimentos destacam-se a revolta dos Beckman, no Maranhão (1684); a Guerra dos Emboabas, em Minas Gerais (1708), e a Guerra dos Mascates, em Pernambuco (1710).

Revolta dos Beckman

A revolta dos Beckman tem suas origens em problemas no comércio de escravos no Maranhão. Para abastecer as grandes propriedades da região, Portugal cria a Companhia de Comércio, em 1682, empresa que monopoliza o comércio de escravos e de gêneros alimentícios importados. Deve fornecer 500 escravos negros por ano, em média, durante 20 anos e garantir o abastecimento de bacalhau, vinho e farinha de trigo. Não consegue cumprir esses compromissos. A carência de mão-de-obra desorganiza as plantações e a escassez de alimentos revolta a população.

Reação dos colonos - Em fevereiro de 1684 os habitantes de São Luís decidem tomar os depósitos da Companhia de Comércio e acabar com o monopólio. Chefiados por Manuel e Tomás Beckman, grandes proprietários rurais, prendem o capitão-mor Baltazar Fernandes e instituem um governo próprio, escolhido entre os membros da Câmara Municipal. Sem propósitos autonomistas, pedem a intervenção da metrópole. Portugal acaba com o monopólio da Companhia de Comércio. O novo governador chega à região em 1685. Executa os principais cabeças do movimento. Os demais são condenados à prisão perpétua ou ao degredo.

Guerra dos Emboabas

As disputas pela posse e exploração das minas de ouro são os motivos da Guerra dos Emboabas. Os portugueses, chamados de emboabas, reivindicam o privilégio na exploração das minas. Porém, paulistas e sertanejos também têm o direito de explorá-las. Explodem conflitos em toda a região das minas. Um deles, que envolve paulistas comandados por Manuel de Borba Gato e emboabas apoiados por brasileiros de outras regiões, assume grandes proporções.

Capão da Traição - Sob o comando de Manuel Nunes Viana, proclamado governador de Minas, os emboabas decidem atacar os paulistas concentrados em Sabará. No Arraial da Ponta do Morro, atual Tiradentes, um grupo de 300 paulistas investe contra os portugueses e seus aliados, mas acaba se rendendo. Bento do Amaral Coutinho, chefe dos emboabas, desrespeita garantias estabelecidas em casos de rendição e, em fevereiro de 1709, chacina os paulistas no local que fica conhecido como Capão da Traição. O governador-geral Antônio Coelho de Carvalho intervém e obriga Nunes Viana a deixar Minas. Para melhor administrar a região, é criada em 9 de novembro de 1709 a capitania de São Paulo e Minas, governada por Antônio de Carvalho. Em 21 de fevereiro de 1720, Minas separa-se de São Paulo.

Guerra dos Mascates

O conflito de interesses entre os comerciantes portugueses instalados no Recife, chamados pejorativamente de mascates, e os senhores de engenho de Olinda dá origem à Guerra dos Mascates. Olinda é a sede do poder público na época e os senhores de engenho têm grande influência nos rumos da capitania. No início de 1710, o governador de Pernambuco, Sebastião de Castro Caldas, decide promover Recife, onde concentram-se os comerciantes portugueses, a sede do governo.

Confronto Olinda-Recife - A população de Olinda se rebela contra a decisão e ataca Recife, dia 4 de março. Destrói o pelourinho da vila, símbolo do poder político municipal, expulsa o governador e entrega o poder ao bispo de Olinda, dom Manuel Álvares da Costa. A metrópole envia outro governador a Pernambuco, Félix Vasconcelos, que toma posse em 10 de janeiro de 1711. Os conflitos continuam até 7 de abril de 1714, quando é feito um acordo: Recife permanece como capital e o governador passa a morar seis meses em cada vila.

Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br